18 mar Você se sente vitimizado com sua infância?
Costumamos, com frequência, nos revoltar e nos considerar injustiçados com nossa infância. Dessa forma, quando adolescentes e adultos, sentimos muita raiva, revolta, angústia, ansiedade, tristeza, fobias, incompreensão, com choro fácil, demonstrando que não aceitamos os fatos ocorridos, em nossa vida.
Essas energias disfuncionais vão se acumulando, ao longo da vida, e assim, constituindo um ciclo vicioso, que se repete com as mesmas lições, com pessoas diferentes e em locais diferentes. Vamos mudando de emprego ou de companheiro/a e as mesmas situações vão se repetindo. Não percebemos que somos nós que temos de mudar, para que a realidade externa mude. A realidade externa é apenas a projeção do nosso mundo interno. Quando não compreendemos que os fatos da vida são apenas fatos, e que eles servem de gatilhos para aflorar nossas dificuldades internas, o sofrimento vai aumentando.
Analisando a partir do nosso nascimento, podemos avaliar, através das leis espirituais, que somos herdeiros de nós mesmos. Ao nascer, trazemos nossos conteúdos e características negativas para serem curadas. O ambiente de um lar com um pai alcoolista e uma mãe submissa ou autoritária, por exemplo, vai aflorar nossas dificuldades internas. Embora, esses pais não sejam culpados, porque não há a intenção, eles são responsáveis, diante das leis espirituais por não terem contribuído com a evolução do filho. Muitas vezes até agravam os conteúdos negativos que o filho trouxe para curar. Por outro lado, o filho é responsável por suas imperfeições, pois já as traz de encarnações passadas e estas fazem parte dele, desde o nascimento. Não é o externo nem ninguém que nos coloca as imperfeições. Elas são nossa “bagagem” e a trazemos como seres espirituais que somos. O externo apenas contribui para a ativação das imperfeições, bem como, muitas vezes, pelo agravamento das mesmas, quando não conseguimos ter a capacidade de superá-las por nós mesmos.
Esses conhecimentos aclaram nossa mente e nos liberta. Começamos a ver e a sentir nossa realidade, de forma totalmente diversa daquela que nos víamos como vítimas do destino, da vida, daqueles pais, etc… Fazendo uma releitura de nossa infância, vamos compreender que não somos vítimas, porém autores de nossa vida. Vamos compreender que nossos pais não são culpados por nossas mazelas. Dessa forma, temos o poder para mudar o que quisermos mudar. Vamos entender que os pais trouxeram, também, suas próprias imperfeições. Eles são, na realidade, os espelhos mais íntimos de nossa alma, pois são os que nos ajudam a perceber o que viemos curar em nós mesmos.
Quando compreendemos a vida, através desses conhecimentos, podemos nos curar muito rapidamente. Podemos nos libertar de muitas neuroses e nos fortalecer para uma vida muito mais positiva e feliz. Podemos mudar nossos pensamentos, de negativos para saudáveis, alterando assim aquilo que sentimos. Com essa mudança, vamos errar menos, pois as ações são consequências dos pensamentos distorcidos, de sentimentos e emoções disfuncionais.
Se objetivamos crescer, como indivíduo, devemos nos autoconhecer. O autoconhecimento nos traz a possibilidade da auto percepção em nossas interações familiares e sociais. Ele nos possibilita observar as reações automáticas, diante das experiências da vida e, consequentemente, nos possibilita a mudança.
Anete L. Blefari
[email protected]
www.sermelhorepleno.com.br