Viva uma vida mais significativa

Se você não é capaz de olhar seu cenário externo, além de seu pequeno ponto de vista, como vai conseguir a mudança que tanto quer?

Por onde começar um trabalho de autoconhecimento? Pelo alicerce: sua infância e olhando para seu sistema familiar: pais, avós ou família de origem. Na infância, é importante investigar que tipo de cuidados recebeu, principalmente da mãe. Nessa fase, a criança é vulnerável e influenciada por seu ambiente e por todos aqueles que participam de sua vida. Sua consciência vai organizar as lembranças de acordo com o amparo ou desamparo que recebeu.  Em sua grande maioria, a realidade infantil contém abuso emocional, desamparo e o discurso dos adultos da época, principalmente os da mãe. Os relatos dessa época estão organizados, nas lembranças, de acordo com o que os pais falaram e repetiram ao longo do tempo. As crenças, pensamentos, julgamentos, preferências e os padrões de comportamento são organizados durante a infância.

O desamparo infantil acontece quando a criança não recebe ajuda, apoio, amor, presença, carinho, compreensão e compaixão. Uma criança não tem consciência do seu desamparo, mesmo que sinta medo e solidão. Esse desamparo está no inconsciente, na “sombra” e vai influenciar toda a vida adulta. É importante resgatar o ponto de vista da criança que a pessoa foi, e não seus discursos e histórias relatadas. É olhar o cenário infantil, com muita honestidade, investigando seus medos, seus pequenos ou grandes sofrimentos.

Na vida adulta, acreditamos em muitas coisas que não condizem com nossa realidade atual. Continuamos repetindo o que ouvimos ou vivemos em nossa infância. De onde vem tudo que acreditamos sobre nós mesmos? É fundamental investigar de quem é a voz que nos acusa, que nos julga, que nos submete e que nomeou tudo que acreditamos sobre nós. Que personagem criamos, para nossa defesa e proteção? Qual o papel e o cenário que nossa personagem ocupa? Qual é o seu roteiro?

Você se sente atraído por quais características negativas? Na vida adulta, quando reconhecemos essas características negativas, similares às constatadas na infância, sentimo-nos atraídos, porque identificamos mamãe e papai, com quem vivemos um relacionamento disfuncional.

É necessário ter coragem para revisar a própria história. Confrontar os fatos ocorridos na infância, para poder recriar, com os recursos do adulto atual, um profundo sentido da própria vida. As crianças precisam de pais honestos que questionem a si próprios, em busca de sua melhoria pessoal. Se a criança não pode usufruir da sabedoria de pais adultos, compreensivos de seus estados emocionais e de suas próprias histórias, então, não possui um estado de total consciência.

Somente quando olhamos para nossos próprios cenários, é que somos capazes de olhar para os filhos, cônjuges, irmãos, vizinhos e de sair das estruturas infantis. Pais que não admitem seus próprios erros, geralmente, os filhos são problemáticos e emocionalmente instáveis. Ambientes onde não se tem a liberdade de errar são muito prejudiciais.

Quando estamos dispostos a sair de nossas histórias, de nossas estruturas infantis, podemos ter uma vida significativa. Quando vivemos com significado, procuramos sair de comportamentos codependentes.  Sempre que buscamos validação ou segurança em outra pessoa, estamos sendo codependentes.  Saiba que ninguém completa ninguém. Você é responsável somente por sua própria vida e não pela vida do outro.

Quais os ingredientes para uma vida mais significativa?

  • Seja você mesmo, para conquistar o amor que tanto necessita.
  • Seja sincero e honesto para consigo mesmo e para com todos os relacionamentos.
  • Seja autêntico e tenha relacionamentos profundos e saudáveis.
  • Construa um ambiente seguro, para que as pessoas de sua convivência possam ser elas mesmas.
  • Tenha disciplina e não julgamento.
  • Conheça bem a história de sua família, para poder enfrentar melhor os problemas.
  • Questione: “que tipo de relacionamento quero ter com o cônjuge, com amigos e com clientes?”
  • Questione: “O que desejo nesse relacionamento?”
  • Saiba quem você é. Dê liberdade para que a outra pessoa seja ela mesma.
  • Você é responsável por sua própria saúde e felicidade.
  • Cure suas feridas mais profundas para não ter a ilusão de se ressentir com o outro.
  • Resolva seus próprios anseios não satisfeitos e pare de usar o outro para resolvê-los.
  • Pessoas saudáveis têm relacionamentos saudáveis.
  • A mudança só ocorre quando enfrentamos a realidade que vivemos.

Anete L. Blefari
anete@sermelhorepleno.com.br
www.sermelhorepleno.com.br

Referências:

GUTMAN, Laura – A BIOGRAFIA HUMANA – 2ª. Ed. – RJ – BestSeller, 2017

MULLER, Donald – A DIFÍCIL ARTE DE SER VOCÊ MESMO – 1ª. Ed. – SP – Mundo Cristão, 2019

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