Transcender limitações para despertar a verdadeira natureza

Vivemos mergulhados em falsas suposições, um tempo de extremos, sobre quem pensamos ser, sobre nossa relação com nossos corpos, com o passado, como fazer as coisas funcionarem. Temos um mundo construído em bases de falsas suposições, de modos de pensamento e de vida insustentáveis. Pode haver uma maneira diferente, a possibilidade de transcender as limitações do pensamento dualista.

Estamos muito além da nossa personalidade, do nome, do corpo, das antigas tradições. Por meio de uma profunda análise interior, conseguimos perceber os apegos e preconceitos de nosso personagem e de nossos próprios filtros. Podemos transcendê-los e alcançar uma compreensão maior sobre nós mesmos e manifestar um mundo mais harmonioso, sem dualidade, desidentificando do personagem que estamos interpretando. Com isso, despertamos nossa verdadeira natureza, despertamos das ilusões da separatividade para compreender que somos parte do todo unificado.

Para ver a verdade, o caminho é não ter opiniões a favor ou contra qualquer coisa, é não comparar o que você gosta com o que não gosta. Esta é a doença da mente. As preferências estão no âmago do ego e criam divisão, estabelecendo uma hierarquia de valores, que se manifestam em violência. O pensamento egóico por sua índole é violência, e suas preferências alimentam o conflito, quando os resultados egóicos não são alcançados.

A atitude de não se ter preferências egóicas, permite-nos abordar as situações com a mente aberta e nos possibilita aceitar o que é. Quando recusamos a própria programação egóica, temos maior clareza dos preconceitos e desejos e a vida flui mais livremente. A ação flui de um espaço de verdadeira compaixão e amor, ao invés de vir apenas do próprio interesse.
O grande caminho é trazer o ego humano à consciência, habitualmente inconsciente. Significa reconhecer o mecanismo dualista que conecta o sentido do “eu” ao mundo da forma, que prolonga o sofrimento, por meio desses apegos.

“Aquilo a que você resiste, persiste” Carl Jung.

Quando resistimos, damos energia ao ego, porque o que é já existe. Ao resistirmos, acrescentamos mais sofrimento.

Passos para a libertação

– Ter ciência de que resistir a algo já existente, é uma loucura.

“O mal reside no próprio olhar que percebe o mal ao seu redor” Hegel

– Quando nos consideramos como bons e os outros como maus, criamos uma resistência interna e externa, mantemos o apego egóico, damos mais poder ao ego, e nos tornamos semelhantes àquilo que resistimos.

“O homem enxerga no mundo o que ele carrega no coração”.  Goethe

É causa de luta interna o afastamento de qualquer coisa ou pessoa. É um tipo de sombra interior, que permanecerá com você, até que você coloque a luz da consciência sobre ela. Ao invés de eliminar coisas e pessoas, consideradas como desconfortáveis, você as aceita, sem dar-lhes o controle, mas acolhendo-as com abertura e compreensão. Com essa aceitação, elas perdem o poder que tinham sobre você. Dessa maneira, todos os aspectos do seu “eu” voltam juntos, harmonizando-se em um todo unificado.

Não vemos as coisas no mundo como elas são, mas como nós somos, de acordo com nossa percepção. Quando mudamos a nós mesmos, mudamos o mundo que percebemos.
A maturidade emocional e espiritual envolve a reconexão de cada parte nossa, sem ignorar nada, negado ou oculto, permitindo a verdadeira totalidade.

A libertação é conhecer a si mesmo, por meio do despertar da verdadeira natureza e vê-la em todos e em todas as coisas.

 

Anete L. Blefari
[email protected]
www.sermelhorepleno.com.br

 

Referências:
Vídeo Politics in the Light of Nonduality – Beyond Bias & A Path to Unity – canal Awaken the World Film – Youtube

Braden, Gregg – As seis verdades – curso Younity Portugal



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