11 mar Quando um ciclo termina
Você percebe quando um ciclo de qualquer coisa, em sua vida, terminou? Sente através da sensibilidade, da intuição que algo está finalizando? Se respondeu sim, parabéns, pois você vive o presente e está conectada à sua intuição. Se respondeu que não, que os acontecimentos te pegam de surpresa, então, há um trabalho a ser feito em você mesma.
Vários ciclos fazem parte de nossa vida. Há os diversos ciclos de passagem em nosso crescimento: a fase do bebê, da infância, adolescência e da vida adulta. Sem identificar aqui outros ciclos menores interligados a estes mencionados.
Nada em nossa vida acontece de repente, ou por acaso. Sempre vai existir um começo, meio e fim. Quando iniciamos um curso, uma faculdade, um relacionamento, amizade, emprego, ou, tarefas voluntárias, doação de cuidados para alguém necessitado, etc…
Há uma infinidade de ciclos se concluindo e outros iniciando. Alguns trazem emoções, sentimentos e sensações prazerosas, de alegria e satisfação. Outros, pelo contrário, trazem dor e sofrimento. E tudo, absolutamente tudo serve como experiência e aprendizado.
A reflexão aqui é sobre os ciclos que são permeados de dor, que são, na realidade, nossos melhores mestres. Estes, verdadeiramente, ensinam, ou nos obrigam a aceitar a lição que devemos aprender.
Por exemplo, vamos refletir sobre um relacionamento de amizade ou afetivo. Não importa, ambos envolvem intimidade, doação, compreensão, alegria e, geralmente, quando terminam geram dor. E por quê? Por que a dor se faz presente, quando um ciclo se encerra, mesmo quando tivemos momentos bons, uma convivência agradável com alguém? Trata-se do controle, do medo de perder, do apego, da não aceitação do fluxo natural da vida. Quando tememos perder alguém ou algo, estamos vibrando na faixa do medo e fixamos nossa mente no objeto de nosso apego. A mente fica prisioneira ao objeto do desejo. A partir daí, colocamos toda nossa atenção no outro e vamos esquecendo de nos amar, de nos contatar, enfim, de viver nossa própria vida.
Assim caímos na armadilha armada por nós mesmos, a armadilha do medo. Começamos a controlar, achando que com este controle, vamos manter o relacionamento, para sempre. É neste momento que começa a perda, as aflições e os conflitos. Cria-se, então, a ansiedade, que gera mal estar, pensamentos obsessivos e distorcidos. Começamos a criar historinhas em nossa mente e acreditamos nelas.
Nossa mente fica fora de controle. E este ciclo, provavelmente, acaba em dor e sofrimento. Muito sofrimento gerado pela mente, com pensamentos distorcidos que nos conduzem a emoções conflituosas e ações inadequadas. O que fazer? Como podemos sair deste ciclo vicioso?
O passo mais importante é você perceber que tem um problema e querer, sinceramente, resolvê-lo. A partir da aceitação de sua dor, comece um trabalho de limpeza mental e emocional escrevendo em um caderno tudo que está pensando e sentindo.
Na etapa seguinte, reflita o que é necessário fazer para mudar os pensamentos, emoções e sentimentos distorcidos.
Se for muito difícil, busque ajuda especializada. É fundamental fazer uma faxina mental e emocional, ou seja, eliminar memórias densas que dificultam a clareza. Essas memórias, geralmente, fazem parte de nossa história, desde a infância. Emoções como a raiva e a revolta nos conduzem ao caminho contrário do equilíbrio.
E é desta forma que a vida nos convida a melhorar o mundo interno, enfrentando nossa dor. Entrando em contato com tudo aquilo que nos traz medo, ansiedade, tristeza, angústia, desespero, etc…
Realmente, não é uma tarefa fácil, porque dói. Quando a dor nos visita, queremos logo ficar bons. No entanto, de nada adianta adiar ainda mais o contato com essa dor. A tarefa de nos curar é nossa. Portanto, mãos à obra, coragem, enfrente esse grande desafio que é cuidar de si mesma enfrentando sua dor e se curando.
O que você ganha com isso? Os resultados são fantásticos: bem-estar, energias renovadas, equilíbrio, paz íntima e amor próprio.
Anete L. Blefari
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