Negação de sentimentos

Ao longo da vida, aprendemos a negar nossos sentimentos, a reprimir nossas emoções. Se estamos tristes ou com raiva, ou sentindo qualquer outro sentimento, costumamos dizer que não é nada, que tudo está bem. Mas, e a realidade? Estamos de fato sentindo algo que não queremos sentir, mas de fato, sentimos? Como se explica?

Se alguém nos diz algo de que não gostamos, sentimos uma emoção de desconforto e fingimos que não é nada. Queremos mostrar que não estamos sentindo nada. No entanto, nosso corpo recebe uma carga de adrenalina da emoção e não a expressamos, para que o fato seja esclarecido. Essa energia que emergiu em nosso corpo e foi reprimida, fica presa de alguma forma em nosso campo mental/emocional. Afinal, é uma energia.

Vamos supor que ocorra, novamente, um outro fato que nos faz sentir o mesmo tipo de sentimento ou emoção e de novo o reprimimos. Essa repressão vira um hábito e continuamos a negar o que estamos sentindo. Aí, criamos um ciclo vicioso, que tem gatilhos que acionam toda energia reprimida, sempre que algo nos traz desconforto ou tristeza. Sentimos o efeito em nosso corpo e em nossa mente e negamos.

Com o tempo, acabamos por acreditar que não sentimos mais nada. Perdemos o contato com o nosso sentir, de tanto que o negamos. O tempo passa e aquela emoção reprimida de tantos anos “transborda” para o corpo como um sintoma, que nos traz desconforto e mal estar. Nesse ponto, podemos buscar a ajuda de um profissional e não saberemos identificar o que sentimos, mas sabemos o nome do sintoma, ou seja, o que está aparecendo no corpo. Quando não raro, buscamos ajuda somente quando toda aquela energia reprimida já se tornou uma doença física. Vale lembrar que a doença física é o último estágio daquela energia reprimida, que nos obriga a buscar a ajuda da medicina. Assim, ficamos doentes em consequência de não validar nossas emoções e sentimentos.

Ficamos doentes por não saber expressar nossa verdade interna. Anulamos nosso Eu interior querendo agradar ou simplesmente nos adaptamos a um condicionamento social que nos ensina, desde cedo, a estar sempre presentes externamente e não internamente. Com isso, alcançamos a idade adulta sem nos autoconhecer, sem saber identificar o que sentimos e sem saber de que coisas gostamos.

Parece trágico, mas é a pura realidade das pessoas que se encontram confusas emocionalmente e sentem bloqueios e limitações em sua vida, mas não sabem de onde esses bloqueios vieram. Não sabem? Ou negaram? Bem, em um primeiro momento, podemos dizer que realmente não sabem, porque não percebem o que elas próprias fizeram consigo mesmas e continuam repetindo um padrão constantemente.

Então, quais as possíveis soluções? Buscar ajuda de um profissional qualificado que as ajudem a identificar esses padrões repetitivos e a desbloquear energias densas, transformando-as em energias sutis, que lhes trarão bem-estar e conforto. Com esse processo, você ganha autoconhecimento, através da conexão consigo mesma e uma vida com mais qualidade, sem bloqueios emocionais que impedem o seu crescimento pessoal.

Outra medida é a seguinte: você identifica qual a emoção que está sentindo. Entra em contato com ela dizendo: “Eu me permito sentir tristeza, por exemplo, várias vezes e ouça, internamente, quais as respostas que lhe vêm. Então, escolha recursos como alegria, por exemplo. Reviva uma experiência em que experimentou alegria e diga mentalmente: “Eu me permito sentir tristeza porque isto me faz sentir viva.” Após, imagine você num futuro próximo, sentindo tristeza e se permitindo senti-la, dizendo a mesma frase: “Eu me permito sentir tristeza, porque isto me faz sentir viva.” Boa sorte, muita leveza, paz, luz e amor!

Anete L. Blefari
anete@sermelhorepleno.com.br
www.sermelhorepleno.com.br



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