Quais são os seus espelhos na vida?

Na grande maioria das vezes, reagimos de forma automática e criticamos o outro, sentimos muita raiva e achamos que aquele mal estar foi provocado pelo outro, portanto, concluímos, o outro é culpado. E assim, vamos acumulando várias experiências que a vida nos traz para nossa auto percepção, e continuamos julgando e culpando o outro por aquilo que estamos sentindo. Dizemos: “foi ele quem fez aquilo e não eu!!!” Sim, você tem razão, quanto a isto. Aliás, sempre estamos cheios de razões, de justificativas, para ver no outro tudo aquilo que não queremos aceitar que é nosso também. Esse fenômeno chama-se projeção, ou seja, projetamos no outro aquilo que não queremos ou não conseguimos ver em nós mesmos. Trata-se de um mecanismo psicológico de proteção, onde nos protegemos da dor e projetamos no outro tudo que não reconhecemos em nós.

Reflita num aspecto bastante importante. O que você está sentindo é seu ou não? O outro seria capaz de colocar raiva, angústia, tristeza, o que quer que seja, dentro de você e fazer você sentir? Percebe como é impossível! O outro e nem ninguém tem o poder de fazer com que sintamos qualquer coisa. Ele apenas é um instrumento, um gatilho. Gatilho é tudo que aciona alguma coisa. O gatilho da arma, aciona a arma e dispara a bala, certo? Da mesma forma aqui, o gatilho, que é a situação, a outra pessoa, aciona a raiva, ou qualquer outro sentimento, de dentro de nós e dispara esse sentimento, por exemplo, de dentro de nós, mas a raiva é nossa, ela já estava em nós.

Como entender isso? Como aprendemos a reprimir nossos sentimentos e emoções desde a mais tenra idade, construímos máscaras para o convívio social, acreditamos que não temos e nem sentimos determinados sentimentos, principalmente, se os sentimentos forem de ordem negativa. É nesse ponto, que a vida colabora conosco nos trazendo pessoas e situações que vão acionar o material, a energia reprimida em nosso inconsciente. Portanto, as pessoas de nossos relacionamentos, do nosso dia a dia, são nossos espelhos. Os espelhos em nossa vida. Sem esses espelhos não conseguimos enxergar tudo aquilo que necessitamos trabalhar e curar dentro de nós.

Por exemplo, os familiares de um dependente químico culpa o dependente pelo uso de drogas e, consequentemente, pelos problemas que a família está sofrendo com seus comportamentos. Costumam dizer que quem precisa de tratamento é ele e não a família. No entanto, ele é o sintoma da doença da família sob a perspectiva sistêmica, ou seja, o sistema familiar está doente. Quando a família consegue compreender que faz parte da doença do dependente e vai em busca de informações, de ajuda, começa a entender que realmente o dependente não é culpado por toda tragédia que a família está vivenciando. Ambos, dependente e familiares, são espelhos uns dos outros.

Antes de reencarnarmos, fizemos nosso planejamento reencarnatório e nele já havíamos previsto quem seriam nossos pais, nossos filhos e que tipo de experiências poderíamos sofrer em nossa infância e em nossa vida, caso não mudássemos de atitudes e comportamentos. No teatro da vida, não há culpados, há responsáveis. Somos responsáveis por nossas próprias experiências, pelos resultados que obtemos em nossa vida. Na alma, está toda nossa dor. Cada um traz a sua dor; porém, quando adquirimos conhecimentos espirituais de como a vida funciona, aprendemos a olhar toda experiência sofrida com outros olhos, sob uma nova perspectiva.

Toda nossa família é espelho de nossa alma. Todos os relacionamentos na sociedade, no trabalho, em nosso dia a dia são nossos espelhos, os espelhos que refletem aquilo que não conseguimos enxergar em nós. Da mesma forma, como não conseguimos enxergar nosso nariz, nossos olhos, não conseguimos enxergar a nós próprios. Para enxergar nossos olhos, precisamos olhar no espelho. Para enxergar a nós mesmos, aquilo que precisamos transmutar, necessitamos dos espelhos da alma: nossos relacionamentos, nossos conflitos, nossas angústias, nossa dor.

E para concluir, a vida é sábia e maravilhosa, ela nos coloca os instrumentos necessários para nossa aprendizagem e nossa evolução espiritual, que é a coisa mais importante que viemos fazer aqui na matéria. É tempo de mudar de perspectiva, de padrão de pensamentos e sentimentos. É tempo de perdoar e se auto perdoar. Olhe sua vida com um novo olhar e coloque sua atenção em você, na solução dos conflitos. Cuide bem de você!

Anete L. Blefari
[email protected]
www.sermelhorepleno.com.br



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