17 maio O que o impede de ser feliz?
O modo como nasceu? A família de onde veio? A infância dolorosa e cheia de medos? A timidez? A falta de alguém para compartilhar a vida? Aquela pessoa difícil no trabalho? A falta de dinheiro para fazer e comprar o que se quer? A falta de oportunidades? A falta de conhecimentos mais sólidos? Uma doença crônica?
Enfim, não faltam obstáculos para poder justificar o que o impede de ser feliz e de obter o que quer. Mas, em síntese, os obstáculos não são os verdadeiros inimigos de sua realização e felicidade! O que, de fato, o impede de uma realização maior é a sua natureza reativa aos eventos, pessoas e obstáculos. A forma como você reage às diversas experiências de sua vida é que faz a diferença nos resultados obtidos.
Quando acusamos pessoas ou forças exteriores, estamos reagindo apenas aos efeitos e deixamos de colocar um olhar interno, para descobrir as causas em nós mesmos. Com isso, perdemos tempo e energia porque estamos olhando apenas para os efeitos e deixamos de prestar atenção ao que é importante: analisar nossas reações e descobrir a causa delas.
Se analisarmos, honestamente, nossas reações, vamos perceber que permitimos que forças externas nos controlem e nos deixem confusos e cheios de raiva e revolta. Ficamos exaustos, cansados, estressados e sem motivação, e acabamos concluindo que tudo a nossa volta deveria ser diferente, para podermos ser realizados e felizes. Inclusive a família. Quando acusamos a família por nossa infelicidade, estamos reagindo aos efeitos, o que vemos externamente, e assim, perdemos a oportunidade de encontrar os porquês e aprender com as experiências.
Se você teve uma família desestruturada, com disfuncões emocionais que abalaram sua autoestima, segurança e confiança, você acredita que a família é a causadora de toda sua dor atual.
É verdade que a criança não tem meios e recursos cognitivos para entender e poder escolher uma forma de agir mais saudável. Ela reage, geralmente, com muito medo, e é natural, porque a criança é pequena e está diante de um adulto, muitas vezes, violento e que abusa verbalmente, ou até fisicamente dela.
Mas, se analisarmos a situação sob uma perspectiva mais ampla e profunda, podemos questionar: “por que aquela criança nasceu em uma família desestruturada e neurótica?”. Pela lei universal de causa e efeito, há um fator muito importante a ser considerado, o merecimento. Tudo que nos acontece tem uma causa e esta causa está dentro de nós e não fora.
Se tivemos uma família com um nível energético de vibração negativo, e fomos influenciados negativamente por ela, é porque estamos na mesma sintonia dessa energia negativa, ou seja, vibramos na mesma frequência. Você pode argumentar, “mas a criatura é criança e aquele ambiente negativo causou tanto mal a ela que hoje ela tem muita limitação e dor, que a torna uma pessoa angustiada e infeliz.”
Voltando a refletir o porquê de ter nascido naquele ambiente, com aquela família, vamos concluir que houve sintonia energética de acordo com a outra lei universal, “Semelhante atrai semelhante”. Não existem vítimas diante das leis universais, portanto, nascemos na família apropriada às nossas características evolutivas. Atraímos nossa família, energeticamente, por semelhança de sintonia e frequência. E, dizemos mais: “tudo está certo da forma como está”.
Reflitamos: “quem são nossos adversários? Se nos iludimos, considerando-nos vítimas de forças externas, de outras pessoas, de ambientes negativos, deixamos de cumprir com a tarefa mais importante que trouxemos ao nascer, que é a de curar características negativas de nossa natureza reativa.
Nosso maior inimigo, portanto, é nosso comportamento reativo aos eventos, circunstâncias, pessoas e problemas. Os obstáculos e desafios, que a vida nos traz, são verdadeiros presentes e oportunidades de crescimento e evolução espiritual. Temos todas as condições de superá-los, se os enfrentamos de forma proativa e não reativa.
Concluindo, nossa atenção deve ser colocada em nossas reações e não nos obstáculos externos. Devemos, portanto, transformar cada reação nossa em uma ação proativa. Para isso, a mudança de foco se faz necessária. Mudemos o foco para nós mesmos. Analisemos nossas reações e vamos descobrir como agir de forma proativa nos próximos eventos e obstáculos que a vida nos trouxer. Agir de forma proativa é evitar ou resolver, antecipadamente, situações e problemas futuros.
Anete L. Blefari
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