Aprendizados

Aprendi a ficar calada e obedecer aos meus pais, para não apanhar e ficar com raiva e medo, com isso tornei-me recatada e contida.

Aprendi a desafiar superstições e fazer tudo ao contrário do que me diziam os mais velhos, com isso adquiri coragem em ser autêntica e independente.

Aprendi a não me expor, com isso tornei-me prudente, cautelosa e discreta.

Aprendi a desconfiar de ofertas tentadoras, com isso preservei-me de surpresas e consequências desagradáveis.

Aprendi a respeitar meus direitos e a rebelar-me contra o autoritarismo e controle, com isso adquiri confiança e responsabilidade.

Diante das dificuldades financeiras, aprendi a lutar por aquilo que mais queria e acreditava ser o melhor para mim, assim conquistei meus objetivos a médio e longo prazos. Aprendi a não me vender a preço algum e honrar a minha liberdade pessoal. Aprendi, ainda, a administrar minha vida financeira, mesmo com pouquíssimos recursos.

No amor, aprendi a diferenciar o verdadeiro sentimento do fogo da paixão e que devemos, em primeiro lugar, aprender a nos amar para depois aprender a  amar o outro, verdadeiramente.

Diante do horror da morte, revoltei-me contra Deus e aprendi que a lição serviu para elevar-me a um nível espiritual mais elevado ao que me encontrava.

Aprendi que somos seres espirituais vivendo uma experiência humana e com isso tornei-me uma pessoa mais livre e feliz.

Aprendi a amar os animais, através do amor que eles nos ofertam, e, com eles, aprendi a importância dos limites saudáveis entre o suficiente e o exagero.

Aprendi a reconhecer em mim tudo aquilo que recrimino e critico nos outros e assim me libertei de muita densidade energética emocional e espiritual.

Aprendi que os verdadeiros amigos já nascem prontos, e os atraímos quando o momento favorável da união se estabelece para o encontro.

Aprendi a ajudar o próximo com as habilidades e conhecimentos adquiridos ao longo da vida.

Aprendi a viver com minha agradável companhia, totalmente liberta de regras e imposições de outros.

Aprendi que a paz interna é um tesouro muito elevado e deve ser conquistada, com as lições que a vida nos traz.

Hoje, ainda, continuo aprendendo sempre, até que a morte ceife meu corpo e liberte minha alma do ciclo vicioso de viver inconscientemente as experiências de aprendizado.

Que a luz se faça presente em minha alma, para que meu sombrio se ilumine, cada vez mais, e transmute, permitindo-me parar a repetição das mesmas lições.

Anete L. Blefari
[email protected]
www.sermelhorepleno.com.br



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