O padrão do amor negativo

Desde o útero absorvemos os padrões do amor negativo de nossos pais. Quando nascemos, os comportamentos dos pais reforçam a programação desse amor negativo.

Queremos ser amados e aceitos e acabamos adotando comportamentos e atitudes dos pais, na ânsia de demonstrar nosso amor por eles. São pais inconscientes que receberam, de seus genitores, o mesmo  condicionamento do padrão do amor negativo e, por sua vez, o transmitem, inconscientemente também, a seus filhos. O padrão do amor negativo inclui, raiva, tristeza, vitimismo, desconfiança, insegurança, fuga da realidade, frieza, indiferença, superproteção, rejeição, autoritarismo, submissão, etc…

Esse padrão é chamado de a síndrome do amor negativo e conhecido, também, como co-dependência.

Dificilmente, escapamos dessa contaminação, pois ela se apresenta ao longo de séculos e está intrínseca em nossa cultura e educação.

A grande maioria das pessoas, inconscientemente, repete os mesmos padrões, transmitindo-os de geração a geração. A quebra ou desconstrução desses padrões negativos se faz com o trabalhar a si mesmo, para que, assim, possa-se interromper esses comportamentos automáticos e repetitivos. Encontramos esses padrões do amor negativo, em casa, na família, no trabalho, na religião, na escola, enfim, em todas as áreas da vida. Geralmente são reações automáticas, que nos envolvem de forma impulsiva e não consciente.

Costumamos observá-las nos outros, principalmente, em nossos pais. Consideramos, muitas vezes, que nosso pai é autoritário; nossa mãe submissa e escrava, mas somos incapazes de constatar os mesmos comportamentos em nós próprios. E esses padrões vão se perpetuando de geração a geração, criando muita dor e sofrimento. Quando algum membro familiar sente um vislumbre de que está repetindo um comportamento negativo do pai ou da mãe e que costumava condenar, começa a se libertar de amarras inconscientes e da força dessas energias automáticas disfuncionais.

A libertação começa com a autopercepção emocional. Por exemplo, quando percebemos um padrão de vítima em nossa mãe e não percebemos em nós mesmos. Nossa mãe é um modelo vivo, um espelho nosso, para que possamos perceber o mesmo padrão, em nós mesmos.

Por isso, considero a vida maravilhosa e fantástica. Considero, também, o autoconhecimento muito libertador. A partir do momento que percebemos esse padrão de nossa mãe em nós mesmos, inicia-se uma jornada libertadora para nosso esclarecimento e evolução. Deixamos de condenar nossa mãe e percebemos que nós, também, cometemos o mesmo padrão disfuncional, que nos traz infelicidade. O foco sai do externo e volta-se, para o mais importante, que é o interno.

A partir desse momento, estamos caminhando para sair da inconsciência e podemos perceber a vida de uma forma mais produtiva e feliz. Começamos, então, a nos auto-perceber, com o mesmo vitimismo, que condenávamos em nossa mãe. Depois de nos auto-perceber, o caminho saudável é perdoar nosso modelo, nossa mãe, e também nos perdoar. Essa fase é uma das mais importantes. Se não conseguirmos perdoar nossa mãe, por exemplo, não conseguiremos ir adiante em nossa libertação, autoconhecimento e consciência de nossa vida.

Lembrando que nossa vida é a mais importante em qualquer processo e, pela qual, temos cem por cento de responsabilidade. Finalmente, depois do perdão sincero aos nossos genitores e do auto-perdão, conseguiremos, de verdade, realizar uma grande transformação em nossa vida. Esse processo de autoconsciência, de autoconhecimento, nos traz tanta liberdade que, realmente, conseguiremos viver nossa vida, aqui na Terra, de forma muito mais feliz e realizadora.

Portanto, a responsabilidade de se libertar das amarras de padrões inconscientes é cem por cento nossa. É perda de tempo e de vida condenar nossos genitores por nosso sofrimento, porque, se assim nos comportarmos, continuaremos inconscientes e parados no meio do caminho. Isso gerará muita dor e sofrimento de toda sorte. É fundamental o trabalhar a si mesmo. Voltar o foco para nosso interno.

Você quer ser feliz? É claro que quer. Não duvido disso, portanto, é hora de se transformar. É hora de entrar em um processo interno de libertação de si mesmo. Não dá mais para continuar condenando os outros, em uma inconsciência tremenda. Cada um deve fazer o que lhe compete: ser feliz. E, para ser feliz tem de encarar o seu próprio mundo interior. Só sei dizer que vale muito a pena. Não há preço para essa libertação. O valor de viver uma vida mais consciente é impagável, ou seja, não tem preço. Não há dinheiro no mundo que vale mais do que essa libertação. Muita paz, luz e amor!

Anete L. Blefari
anete@sermelhorepleno.com.br
www.sermelhorepleno.com.br



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