26 jul MOTIVAÇÃO NO TRABALHO
“Motivação é um impulso que faz com que as pessoas ajam para atingir seus objetivos. A motivação envolve fenômenos emocionais, biológicos e sociais e é um processo responsável por iniciar, direcionar e manter comportamentos relacionados com o cumprimento de objetivos.” <www.significados.com.br › motivacao
O ser humano se motiva com a busca de realização profissional e o reconhecimento pelo trabalho. Esses dois fatores fazem parte do sistema de necessidades, que o ser humano busca atender, para o seu desenvolvimento pessoal e amadurecimento psicológico. O bom desempenho, no trabalho, depende do grau de motivação da pessoa. Para conhecimento, segue um resumo das principais teorias atuais, com o intuito de identificar quais são as necessidades a serem satisfeitas, para se ter motivação no trabalho.
Na teoria da Hierarquia de Necessidades – Maslow (1954) – identificou cinco níveis das principais necessidades do ser humano. Quando as necessidades do nível hierárquico inferior são suficientemente satisfeitas, vão surgindo as de categoria superior. Elas surgem como forças, para motivar, com maior intensidade o comportamento. Este modelo varia, conforme a intensidade das necessidades de cada pessoa.
Necessidades fisiológicas: o objetivo é manter o equilíbrio do organismo. A satisfação dessas necessidades é indispensável para a sobrevivência do ser humano.
Necessidades de segurança: proteção de perigos, de ameaças e da privação: doenças, acidentes, catástrofes, instabilidade econômica, etc. Abrange o indivíduo e sua família.
Necessidades sociais: desejo de pertencer, participar, ser aceito pelos outros, dar e receber afeto e amizade.
Necessidades de estima: desejo de prestígio e poder, status, reconhecimento social.
Necessidade de autorrealização: desejo de crescimento psicológico, aprimoramento das capacidades pessoais e de excelência nas realizações.
De acordo com as teorias (X e Y) McGregor – 1959 – o ser humano é motivado principalmente por suas necessidades de realização pessoal, de trabalho produtivo, aceitação de responsabilidades e de adequação de suas metas pessoais com as da organização ou do grupo de trabalho.
Teoria de McCleland – 1961 – Poder, Afiliação e Realização
Necessidades de realização – pessoas com elevada necessidade de realização esforçam-se para alcançar altos níveis no seu desenvolvimento, com maior autonomia no seu desempenho e melhor aceitação das responsabilidades no seu trabalho, assumindo desafios realísticos. Com estas características, alcança-se o sucesso gerencial e a independência de ação.
Necessidades de afiliação: a preocupação maior é desenvolver e manter um adequado relacionamento social e não em melhorar seu desempenho. Características: intenso desejo de aprovação por parte dos outros, de fácil inter-relacionamento e adequada capacidade de adaptação às normas sociais.
Necessidades de poder: desejo de ser prestigiado, de dominar e de controlar as atitudes e ações dos demais. Alto nível dessas necessidades: liderança nas atividades do grupo, fluência verbal e persuasão.
Teoria EGR de Alderfer – 1969 – Existência, Relacionamento e Crescimento – o processo pode se dar no sentido regressivo: frustração-regressão e não unicamente na direção da satisfação-progressão conforme Maslow. Frustração-regressão é o resultado de barreiras e bloqueios na satisfação de necessidades hierárquicas mais altas na escala.
Teoria Z, de Ouchi (1983) – importância dos recursos humanos sobre outros fatores, realçando os valores individuais e grupais.
A motivação tem sido objeto de estudo científico por muitos autores. Essas teorias têm repercutido no mundo do trabalho, possibilitando, assim, o despertar da sensibilidade, nas organizações, sobre sua importância no processo de produção e crescimento psicológico de seus recursos humanos.
Anete L. Blefari
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Ref.: RAMOS, Juan Pérez – Motivação no trabalho – abordagens teóricas – Psicol. USP – SP – dez. 1990.