Medos? Quem não sofre seus efeitos?

Os medos habitam nossa personalidade desde muito cedo, em nossa mais tenra idade. Quando o bebê chora e a mamãe, por qualquer motivo, demora atendê-lo, ele se desespera, com medo do abandono, com medo de morrer. Essas são as primeiras manifestações do medo em nossa vida, aqui na Terra. E, assim, vamos crescendo, sempre acumulando experiências que acumulam mais medo em nossa bagagem. É o medo da punição, da autoridade dos pais, depois dos professores, chefes, etc…

Quais os medos que se apresentam e atormentam a infância de uma grande maioria de crianças? O medo da rejeição e do abandono, e como dói! Começamos a perceber e sentir que papai ou mamãe tem preferência por algum outro irmão e sofremos.

Nesse ponto, começamos a aflorar nossos medos mais profundos, ainda presentes em nosso inconsciente. Na verdade, já trazemos todo esse material, de forma latente e inconsciente e, precisamos de experiências que os revelem, que os tragam ao estado de consciência, para que possamos enfrentá-los e transmutá-los. Uma escolha, muito frequente, nessas situações de rejeição latente, é o encolhimento em nossa dor mais profunda e o sentimento de que somos vítimas. Vítimas dos pais, do mundo, da vida… Começamos a optar pela revolta e a culpar nossos pais.

Em uma visão mais ampla e espiritual, é a partir daí que começam a se revelar nossas carências, falta de amor próprio, insegurança, desconfiança, o descrédito no amor. Sim, começamos a nos sentir como não amados e, portanto, não merecedores do amor de alguém, pois, se a pessoa mais importante e significativa em nossa vida, nossa mãe, ou pai, ou ambos, não nos ama, quem vai fazê-lo? E assim, iniciamos uma jornada de flagelos internos e reveladores que vão se apresentar em forma de baixa autoestima, falta de motivação, insônia, bloqueios emocionais que vão limitando a manifestação de nosso poder aqui na matéria. É o caso daquela menininha triste, tímida e solitária que senta na primeira fileira da sala de aula e começa a desviar seus interesses para fora, para os estudos e se alivia. É o caso daquele jovem que encontra outros jovens no mesmo padrão energético e começa a experimentar drogas. E, como mecanismo de proteção, essa menininha começa a se destacar como uma ótima aluna e vai acumulando experiências positivas, neste sentido, mas a que custo? O jovem vai se aliviando de suas ansiedades e cada vez mais experimentando substâncias alteradoras da consciência, para anestesiar sua própria dor, seu desconforto interior.

Desse modo, o mundo interno vai ficando cada vez mais distante de si mesmo. Perde-se a conexão com sua carência, com seus medos mais profundos e, portanto, com sua essência.

Mas, a vida não nos abandona jamais! Ela nos trará experiências e pessoas que vão, ao longo do tempo, nos relembrando de nossa história interna para que possamos nos curar e nos fazer retomar o caminho correto: do crescimento pessoal. O crescimento pessoal nos conduz ao crescimento profissional, que é uma consequência do nosso mundo interno.

Há muitas pessoas, no entanto, que acabam se “congelando” emocionalmente e como não sabem lidar com sua dor interna vão expressando máscaras socialmente aceitas e se enganando de que tudo está bem. Acabam acreditando que são aquilo que projetam e abandonam a si mesmas, perdendo a referência interna. As ilusões vão conduzindo ao mais fundo do poço. Se não chegar ao fundo do poço, a tempo de acordar para a necessidade do trabalho interior, algumas pessoas levam seus traumas emocionais e suas dificuldades para o túmulo.

Quando temos uma dor muito profunda e voltamos nossa atenção para esse cuidado de si mesmo, conseguimos atrair situações, pessoas, livros, experiências, palestras, cursos, etc… para esse auto-descobrimento. E aí se mostra o outro lado da moeda: começamos a nos conhecer e a nos liberar de medos, angústias, culpas, raivas e tristezas. Essa liberação nos proporciona um bem-estar enorme e, assim, conquistamos a paz interna. Aquela paz que não vem do mundo externo. Não é a paz da falta de guerra, de conflitos, pois essas condições são apenas reflexos das almas que habitam o planeta. Mas, a paz que traz harmonia, equilíbrio e a verdadeira felicidade, mesmo o externo estando em guerra.

Então, qual a solução para nossos medos? O primeiro passo: enfrentá-los. Reconhecer a presença deles e estar disposto e determinado a fazer a reforma íntima, que é nossa primeira tarefa aqui na Terra e que nos conduz ao crescimento espiritual: nossa meta mais importante.

Anete L. Blefari
anete@sermelhorepleno.com.br
www.sermelhorepleno.com.br



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