06 set Liberte-se de feridas do passado
Um sofrimento intenso, que prolonga-se ao longo de toda uma vida, é proveniente de feridas do passado.
Feridas que deixaram marcas de abuso psicológico, físico ou sexual. E quando essas feridas têm como fonte pessoas significativas na vida da criança, elas costumam perdurar por toda vida e provocar muito estrago. A mente costuma viver no passado triste e sombrio de medos, ressentimentos e mágoas variadas: medo do abandono, medo da rejeição, mágoa de ter sido maltratado, ressentimento por ter sido tratado com desamor, o chamado amor negativo.
Para entender todo esse panorama e poder colocar compreensão em seu lugar, há de se fazer uma releitura da infância. Para que isso ocorra, a pessoa necessita estar disposta a tocar suas mais profundas feridas e passar pela dor, que foi encoberta por mecanismos psicológicos de proteção. Muitas pessoas dizem não se recordarem da infância. Isso é fato, pois quando a dor é intensa, para nossa própria sobrevivência, recorremos ao esquecimento. De tal forma, fingimos que estamos livres daquelas dores, mas as feridas continuam lá e influenciando negativamente todo seguimento da vida. Basta olhar para os resultados atuais que estamos obtendo.
Chega-se a um momento em que os bloqueios são imensos e, dessa forma, recebemos, impulsos de nosso inconsciente para mudar e buscar algum tipo de ajuda, para que a vida prossiga em seu caminho evolutivo.
Nossa meta mais importante é evoluir e, para tanto, vamos receber impulsos, que nos levam a enfrentar e curar nossas feridas. Muitas pessoas recorrem à distração e acabam levando para o túmulo todas essas feridas não cicatrizadas, não tratadas.
Para ter um novo recomeço, uma nova vida, livre de energias disfuncionais, que nos provocam bloqueios de energia e diversas doenças emocionais, psicológicas e físicas, temos de nos munir de muita fé e determinação. Fé no sentido de acreditar que podemos vencer nossas próprias limitações. Determinação para não desistir de nosso processo de cura, de nossa evolução. Todos os caminhos, para essa libertação, são válidos, desde que proporcionem o contato com as velhas feridas, para serem tratadas e curadas. Sem esse contato e enfrentamento não conseguiremos curar nosso corpo de dor e continuaremos na negação.
A releitura do passado pode se iniciar, através do conhecimento de que todos somos vítimas de nós mesmos, ou seja, somos nossos próprios herdeiros. O resultado atual é proveniente de um conjunto de padrões negativos internos, disfuncionalidades de pensamentos, palavras e ações em um passado remoto. Pessoas significativas, em nossa vida, também vêm desse mesmo condicionamento mental e emocional ao longo do tempo e sofrem o mesmo processo de ativação de seus corpos de dores, para a própria libertação.
A finalidade em termos nascido no lar que nascemos é ativar nosso corpo de dor e curá-lo. O que não acontece, facilmente e espontaneamente, pois voltamos nossa mente para julgar e condenar nossos cuidadores. Nossa mente conta muitas histórias, que nos colocam como vítimas, o que não corresponde à realidade de nossa essência divina. Quando despertamos desse transe em acusar pessoas e fatos externos, conseguimos compreender o papel fundamental, que é nos libertar de toda essa ilusão criada pela mente, para nossa sobrevivência.
Compreender que nossos pais ou outras pessoas significativas não são culpadas e que vivem suas próprias ilusões, nos levam a colocar o foco em nosso interno, e assim, nos proporcionam o contato com nossas feridas. Com esse entendimento e compreensão, perdoamos todas as manifestações externas vindas de pais, de experiências e eventos externos. Só assim, estaremos aptos à libertação de limitações que nos prendiam ao passado. Com isso, nossa vida muda radicalmente e tudo se transforma à nossa volta. Quando mudamos, emitimos energias saudáveis que beneficiarão outros ao nosso redor.
Portanto, volte o foco para o que é mais importante em sua vida: você e seus processos internos. Liberte-se de feridas do passado e faça um novo recomeço, com alegria e paz interna.
Anete L. Blefari
[email protected]
www.sermelhorepleno.com.br