15 maio Comportamentos reativos ou proativos?
Para se libertar da tirania da mente reativa, de programas automáticos que repetimos o tempo todo, precisamos nos autoconhecer. O autoconhecimento é a chave para se auto perceber e mudar.
Há quatro etapas, imprescindíveis, para aquele que quer se autoconhecer e se libertar da ação reativa: a informação, a auto percepção, o perdão a si mesmo e ao outro, e a mudança. Sem a informação, o conhecimento, não há condições de mudar.
Precisamos estar cientes de nossos comportamentos reativos automáticos, para poder mudá-los. Se não nos percebemos, por exemplo, como vítimas, não há como mudar essa dinâmica em nossos relacionamentos. Portanto, na primeira etapa, precisamos saber se estamos agindo e reagindo como vítima, em nossas interações. Talvez igualzinho à nossa
mãe. Nesse exemplo, vemos que a mãe se coloca como vítima, mas, ainda, não percebemos que nós, também, agimos igual. E, assim, apontamos o defeito no outro (no exemplo, a mãe), vemos o comportamento do outro e não enxergamos em nós o mesmo comportamento. É o nosso modelo, de onde aprendemos a agir dessa forma.
Depois de termos a informação, o conhecimento, de que agimos como vítima, temos de nos auto perceber como tal em nossas interações. Temos de prestar atenção e identificar esse comportamento de vítima em nós mesmos.
Após a auto percepção, temos condições de ir para o passo seguinte, o de perdoar nosso modelo, no caso do exemplo, a mãe, e também, de nos auto perdoar.
Na sequência vem a mudança. Após essas etapas, podemos e temos condições de mudar nosso comportamento reativo e automático.
Essa versão serve para qualquer comportamento, pensamento, palavras ou ações repetitivas em nossa vida cotidiana, que queremos mudar em nós.
A causa de tudo que nos acontece está dentro de nós mesmos. Por isso, não há como ficar culpando outras pessoas, as circunstâncias e o mundo. Tudo que está sendo externalizado, diante de nós, reflete nosso próprio mundo interno. O mundo externo apenas revela o interno.
Muitos há que, ainda, não conseguem entender como funciona essa dinâmica e vivem se lamentando, reclamando, julgando e criticando outras pessoas e situações.
Quando você julgar o comportamento do outro, como inadequado, olhe para dentro de si mesmo e pergunte: “será que eu já não cometi isso ou cometo ainda?”. Lembre-se que o que está fora, está dentro também, talvez, tão escondidinho que nem percebemos que agimos da mesma forma, ou, talvez pior que o outro.
Nossos relacionamentos refletem nosso mundo interno, seja em qualidades ou negatividades. As pessoas que estão a nossa volta revelam algum aspecto nosso, positivo ou negativo. É como se o Universo tivesse partido em mil pedaços um grande espelho, e cada pessoa tem um pedacinho desse grande espelho. Portanto, cada pessoa que aparece em nosso caminho pode estar refletindo um pedacinho de nós, que precisamos enxergar.
As leis naturais são perfeitas e os relacionamentos com as pessoas nos ajudam a nos autoconhecer, através de nossas reações. Vamos despertar com essa informação, nos auto perceber em nossas relações íntimas e sociais e mudar o que devemos mudar em nós. Vamos mudar nossas reações automáticas e ser proativos. Agir e não reagir. Vamos aprender a praticar a resistência às reações automáticas, para nos libertar para a plenitude do ser interno. Dessa forma, vamos melhorando nossos comportamentos e, consequentemente, nossos relacionamentos e, contribuímos para a melhora do outro e do mundo.
Anete L. Blefari
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