Caminhos internos: autodesenvolvimento

Quem aspira alcançar a consciência plena, o Eu verdadeiro, tem como maior objetivo de vida despertar a consciência espiritual, em estado latente, dentro de si mesmo.

Nossa verdadeira natureza é a centelha divina que existe dentro de nós, o Eu superior ou alma. Esta é nossa verdadeira realidade. Milhares de pessoas vivem em uma espécie de “sonolência” interior, de indiferença espiritual e subjugadas pela chamada vida material.  Vivem criando problemas inúteis, conflitos, sentindo-se cansadas, frustradas e insatisfeitas. Não perceberam, ainda, que o objetivo mais importante da vida é tornar-se consciente da essência divina, da alma, para manifestar a realidade profunda, a transformação interior, no plano externo.

A personalidade possui desejos egoístas, busca a felicidade para si mesma, enquanto que a alma tem consciência universal e é repleta de amor pelo Todo.  A pessoa que está identificada com a personalidade está mergulhada na ilusão da separatividade, identificada com o mundo das formas; é escrava dos instintos, desejos, ambições e sofre para satisfazê-los.

A personalidade, para ser um instrumento de manifestação e expressão da alma, nos planos externos, deve possuir um funcionamento organizado e harmônico. Deve ter um perfeito equilíbrio das energias, uma coordenação disciplinada das atividades mentais e emocionais. Sem a integração dos corpos inferiores (físico-etérico, astral-emocional e mental concreto), não há o fluxo de energias da alma e, consequentemente, há desarmonia na psique da pessoa.

Para haver integração da personalidade, é necessário o seu desenvolvimento, tendo como objetivo um equilíbrio harmônico de forças, em todos os corpos. Além da integração dos corpos pessoais, é fundamental desenvolver a intuição espiritual. Embora a personalidade integrada não seja o verdadeiro Eu, mas apenas um reflexo dele, é um instrumento muito forte, separatista, orgulhoso e rebelde.

O PROBLEMA DA ILUSÃO

É um estado de obscuridade, falta de visão e ofuscamento da consciência. A ilusão é um estado natural da personalidade que vive no mundo do irreal, cheia de ilusões. A ilusão aos poucos se dissolve, quando a intuição começa a despertar. A ilusão é consequência da identificação da pessoa com o mundo das formas, frequentemente, enraizada no inconsciente.

DISCERNIMENTO

Os corpos da personalidade, mesmo sendo temporários, ilusórios e efêmeros, não são de domínio da pessoa, ainda, não suficientemente madura. Somente quando a pessoa entra no caminho da purificação, começa a desenvolver o discernimento, que é uma faculdade que separa o real do irreal, o ilusório do permanente, o Eu do não-eu.

RECURSOS E APOIOS

Devemos mudar nosso comportamento interno, diante dos acontecimentos da vida.  Devemos ter a consciência de que tudo aquilo que nos acontece não é por acaso, mas por efeito de leis justas e imutáveis.  Tudo tem como objetivo o despertar da consciência ainda adormecida.

A alma é nossa verdadeira identidade e devemos nos desenvolver, para nos transformar naquilo que já somos em potencial. Vamos começar a pensar, sentir e agir como alma e não como personalidade.

 PRÁTICAS

– o silêncio: não apenas da palavra, da ausência de sons, mas a tranquilidade da mente.

– meditação para relaxamento do corpo físico, para aquietação emocional e para o domínio da mente.

O DESAPEGO

O desapego é um comportamento interior, que favorece e prepara o despertar da consciência superior. O desapego é uma atitude interna de indiferença por tudo o que não faz parte do Eu verdadeiro, a alma. É uma posição neutra para com tudo que está relacionado à personalidade, ao ego. É a recusa em identificar-se com algo que não seja a realidade espiritual. É o comportamento do observador, que observa a personalidade vivendo, agindo, sentindo e pensando, mas que permanece calmo, sereno, isento de tudo o que acontece no plano pessoal.

Desapego não significa isolamento, frieza, evasão ao sofrimento ou distanciamento. Desapego não é falta de amor e de compreensão. Amar com desapego significa deixar os outros livres, amá-los como almas sob o ponto de vista da alma.

A CURA

Curar-se, verdadeiramente, é deixar a alma fluir, sem impedimentos, através dos corpos da personalidade. Quando estamos dispostos a seguir a vontade de nosso Eu profundo, experimentamos paz e segurança.

Ao dar os primeiros passos para renunciar ao domínio da personalidade, há a sensação de liberdade, jamais conhecida. É pelos caminhos internos que chegamos aonde queremos chegar. Os caminhos internos nos conduzem ao caminho da transformação.

 

Anete L. Blefari
anete@sermelhorepleno.com.br
www.sermelhorepleno.com.br

 

Referências:

La Sala Batá, Angela Maria – DO EU INFERIOR AO EU SUPERIOR – São Paulo – Ed. Pensamento, 1993 – 9ª. edição.

Pierrakos, Eva – O CAMINHO DA AUTOTRANSFORMAÇÃO – São Paulo –  Cultrix, 2008, 15ª. edição.

Trigueirinho Netto, José  – CAMINHOS PARA A CURA INTERIOR – São Paulo –  Pensamento, 2015, 21ª. edição.

Trigueirinho Netto, José  – palestra O DIVINO PROJETO A CUMPRIR – IRDIN – https://www.irdin.org.br/site/produtos/o-divino-projeto-a-cumprir/



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