11 jan Autoconhecimento: a busca de si mesmo
No ser humano, a busca de si mesmo é constante e tem como objetivo descobrir o “eu” verdadeiro. Quando o homem descobrir seu “eu” verdadeiro poderá usufruir da vida autêntica e completa, podendo utilizar toda sua capacidade, energia e as qualidades de que é portador.
Não é uma tarefa fácil descobrir seu autêntico “eu”, que está em seu íntimo, como se estivesse inconsciente, por vezes adormecido. O caminho certo para nos conduzir para a fonte é repleto de experiências difíceis, erros, muito sofrimento, decisões e direções erradas.
Cada pessoa, após a descoberta de seu verdadeiro “eu”, será capaz de expressar suas qualidades e capacidades; momento este em que lhe trará felicidade, serenidade, harmonia, plena vitalidade e poder.
A falta dessa autorrealização é que traz muitos desequilíbrios, desarmonias psíquicas e físicas.
Os caminhos para alcançar o “eu” são, inicialmente:
– fazer um estudo sério e frequente de seu próprio mundo psíquico;
– fazer uma autoanálise regularmente e
– ter conhecimento das leis psicológicas, em profundidade.
Nossa tarefa é voltar-se para nosso interior, para conhecer e estudar nossos diversos aspectos psíquicos.
Pode ser difícil fazer um estudo psicológico de si mesmo, a princípio, pois o ser humano está totalmente voltado para o externo e vive sem se conhecer interiormente. No entanto, se realmente deseja se autoconhecer, aos poucos vai se habituando a entrar em contato com sua parte mais profunda e começará a descoberta de si mesmo.
É necessário ter o desejo para se autoconhecer, para obter o impulso que iniciará esse trabalho.
O maior desafio a superar é a excessiva extroversão, que tem como foco o mundo externo, e faz com que a pessoa coloque sua atenção no mundo objetivo, e ignore sua vida subjetiva.
Colocar a atenção em nosso interior iluminará todo nosso mundo psíquico, que se revelará para nós.
Imprescindível, diariamente, reservar alguns momentos de introspecção, suspendendo a atividade externa, para se dedicar ao mundo interior. Caso contrário, seremos sempre imaturos, incompletos e infelizes.
A contínua fuga de si mesmo ocasiona, como consequência, muitos males e muitos erros psicológicos. O frequente desperdício de potentes energias inibe seu fluxo e causa danos e sofrimentos a si próprio.
Fugir à dor é outro grave erro psicológico.
Muito frequentemente, quando estamos sendo provados ou estamos sofrendo, temos como reação nos voltar totalmente à vida externa, com ansiedade, buscando esquecer a dor, desconhecendo o quanto essa fuga é nociva, pois o sofrimento não enfrentado permanece em nosso inconsciente, sem ter sido superado. Ao longo do tempo, esse sofrimento aumenta e causa muito mal estar e distúrbios graves à personalidade.
Quando não olhamos para nosso mundo interior e para as poderosas energias, que continuam sem uso, sentimos fraqueza e abatimento moral.
“Somos seres influenciáveis, sugestionáveis, desprovidos de autodomínio e de vontade, sempre inconstantes e volúveis, exatamente por não termos ainda encontrado o “centro” de nossa consciência, não termos reorganizado nossa psique, nem feito uma síntese interior.” Angela Maria La Sala Batà
Por isso, devemos nos estudar e entrar em contato conosco, conhecer, primeiramente, a estrutura complexa do mundo psíquico, as leis e funcionamento, e, depois, colocar em prática várias metodologias de autoanálise e de investigação da psique.
Abra o caminho para descobrir seu verdadeiro “eu” e você expressará sua potencialidade interna.
Anete L. Blefari
[email protected]
www.sermelhorepleno.com.br
Referência:
BATÀ, Angela Maria La Sala – Guia para o conhecimento de si mesmo – ed. Pensamento, SP, 2004.