01 set Assuma o controle interno
Quando estamos presos em nossas crenças e expectativas, não conseguimos ver o mundo como ele é. Atuamos em nosso meio, de acordo com o estado mental, infantil ou adulto. Sob nossa perspectiva de ver o mundo, reagimos com comportamentos automáticos, que refletem a condição do estado emocional limitado de responder, de forma infantil, às diversas situações da vida. Essa forma de atuação, no estado mental infantil, pode trazer situações muito difíceis e dolorosas.
Uma pessoa que se sente impotente e desrespeitada, através de uma análise cuidadosa, podemos descobrir que sempre minimizou as próprias necessidades e permitiu que os outros ultrapassassem os limites. Nesse estado mental infantil, não tem força nem condições para impor suas necessidades e limites e, assim, acredita que os outros são fortes e mais importantes do que ela. Quando procura se impor, sente-se culpada e provoca nos outros a reação de desrespeito.
Todos têm seus próprios limites, com um conjunto de crenças, expectativas e reações, que refletem a condição mental da criança emocional.
Se a pessoa sente autopiedade e insegurança, ou desconfiança e solidão, vai reagir de acordo com essas limitações emocionais, tendo comportamentos automáticos de agitação e desconfiança. Vai ver e sentir o mundo externo como agressivo e ameaçador. Assim, vai estar em constante alerta, reagindo agressivamente, sentindo medo e se defendendo frequentemente.
Somos quem pensamos, se acreditamos estar errados, que ninguém gosta de nós, que somos fracassados e merecemos ser castigados é exatamente dessa forma que o mundo vai nos tratar. Refletimos o que somos e recebemos a confirmação de nossas crenças, o reforço daquilo que acreditamos. É o estado mental infantil que nos prende às limitações.
Como se libertar dessas crenças e limitações emocionais?
– Tenha consciência e enfrente as consequências para a devida correção.
– Saiba que você não é seus pensamentos, crenças, emoções e comportamentos automáticos.
– Identifique as situações que o levam a reações automáticas e pratique a autopercepção, para ir parando o disparo do gatilho. No momento da reação automática, procure se conscientizar de seu comportamento reativo.
– Não reaja de forma tão impulsiva, com tanta intensidade.
– Amplie a compreensão e compaixão pelos motivos da criança emocional. Ela acredita no que faz e dispara, automaticamente, um circulo vicioso de reações limitantes.
– Explore e expresse seus talentos, sua criatividade, para perceber suas forças internas.
– Pare de se identificar com as limitações da criança ferida.
– Abandone as velhas formas de ser e se redescubra. Seja flexível e amoroso com você.
Quando um gatilho dispara, entramos em transe e aí não conseguimos ver, ouvir e sentir a realidade a nossa volta. O transe significa que não estamos conectados com a realidade, ou seja, não estamos presentes e somos influenciados pelas lembranças de outras épocas. Essas lembranças são conteúdos inconscientes de experiências, já vividas, e encontram-se impressas em nosso sistema nervoso. Ao disparar o gatilho, acreditamos que tudo o que sentimos e pensamos é verdadeiro.
Os transes ou nossas limitações vêm de feridas emocionais. Podemos nos autoperceber e nos libertar de reações automáticas, simplesmente tendo consciência delas. Pratique e comprove. Você se libertará e ganhará autocontrole. Viva em paz. Viva mais feliz.
Referência:
O Amor não é um jogo de criança – Khrishnananda
Anete L. Blefari
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www.sermelhorepleno.com.br