10 jul A dor existencial
Que histórias você conta sobre sua vida? Quais são suas histórias de dor existencial? Você costuma, amarguradamente, contar que teve uma infância infeliz, sem amor, foi rejeitado, sofreu abusos físicos e/ou sexuais, teve pai ou mãe ausente? Você se revolta ao lembrar-se de suas histórias e sofre a dor de ter sofrido tanto? Está sempre a repetir esse ciclo de dor? Quais os sentimentos? Raiva, angústia, revolta, medo, vontade de se vingar, tristeza, etc.?
Você atrai, exatamente, tudo aquilo que vibra na frequência em que está vibrando. Pela lei de afinidade, atraímos tudo aquilo que nos afina, que nos é semelhante à nossa própria energia. Trazemos energias densas, pesadas, que causam desconforto e também ficamos desconfortáveis quando sentimos energia pesada.
Ao nascer, trazemos necessidades a serem preenchidas. Trazemos, também, dons e talentos. Nosso grupo familiar atende necessidades de libertação de padrões densos e favorece nossa evolução. Quando entendemos que ninguém é culpado pelos nossos resultados cessamos esse ciclo de dor e possibilitamos nosso crescimento espiritual. Os desafios são para todos. Todos estão no mesmo caminho, sob as mesmas leis divinas, cada qual com sua bagagem.
A vida é generosa e favorece o despertamento de nossa consciência para quem realmente somos. Através da experiência humana, na matéria, manifestamos aquilo que trazemos, o que somos, ou seja, nossa frequência e nível de consciência.
Nossas tendências são ativadas desde a mais tenra idade. Nossos pais e irmãos trazem suas dificuldades e padrões energéticos que impactam em nossos próprios conteúdos e necessidades, piorando ou impulsionando-os a melhorar. Dessa forma revelam as características que trazemos para serem curadas. Tudo que nos acontece é atraído, magneticamente, por nosso padrão energético, que vibra na mesma frequência do ocorrido. Quando acusamos os outros pela nossa dor existencial, na realidade, estamos eximindo-nos de nossa própria responsabilidade. Somos os responsáveis por tudo o que nos acontece. Costumamos distorcer acontecimentos, nos colocar como vítimas e acusar a vida de injusta. Porém, as experiências são resultados de nosso padrão energético, daquilo que mantemos em nós e alimentamos através de pensamentos, emoções, sentimentos, palavras e ações. Estamos, ainda, inconscientes, de nossa realidade espiritual e assumimos, alternativamente, posições de inocência ou de culpa. Quando pensamos que somos inocentes, projetamos no outro toda nossa dor, nosso sofrimento, com sentimentos densos e distorcemos a realidade. Quando pensamos que somos culpados, nos deprimimos e assumimos posição submissa.
E como nos libertar desses padrões distorcidos de dor?
Tudo tem um propósito divino. Trazemos energias que podem transformar as situações, caso nos responsabilizemos por nossas experiências e por nossa vida. Quando corrigimos nossa própria disfuncionalidade, o Universo nos traz possibilidades para superação e transformação pessoal.
Em um primeiro momento, o importante é despertar a consciência para a realidade da vida. Compreender que cada um está em um nível de consciência diferente. Ninguém é responsável pela nossa vida. Se nosso mundo interno está um caos, a energia dentro está perturbada e caótica. Ela deve ser equilibrada e harmonizada.
Perceba seu diálogo interno. Observe-se. Que tipos de pensamentos, emoções e sentimentos você nutre e repete? Comece por mudá-los. Disponibilize-se a ver sua história sob uma nova perspectiva, a da consciência da alma. Resignifique os conteúdos distorcidos pela inconsciência de si mesmo. Proponha-se a dar uma profunda atenção ao diálogo interno, à história que você conta de si mesmo. Observe os diferentes egos e processe uma nova história, tirando os aprendizados das experiências e descartando o que não serve mais ao seu bem maior. A mente que não está desperta é reativa. Observe suas reações frente aos acontecimentos. A mente desperta é ativa.
Para ajudar outras pessoas a se libertarem, temos de elevar nossa frequência, primeiro. Podemos, através da nossa luz, colocar a intenção de despertá-los com nosso amor para auxiliar o despertar deles. É fundamental respeitar o processo deles.
Aprenda a finalizar ciclos. Dê novos significados às experiências vividas. Coloque um ponto final aos ciclos que alcançaram seus propósitos. Quando um propósito é cumprido, o ciclo chega ao fim. Feche o ciclo com gratidão e abençoe os envolvidos.
Abra-se para um novo momento de sua vida. Reconte sua história repleta de aprendizados e superações. Muita luz, paz e amor!
Anete L. Blefari
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