10 jan Amar a si mesmo
Há muita desinformação sobre esse assunto, em virtude de crenças disfuncionais adquiridas e como resultado dos condicionamentos, pelos quais passamos em todo processo educacional, em casa, na escola, na religião e na sociedade. Fomos instruídos e estimulados a obedecer sem questionar, a negar sentimentos e emoções, a agradar os outros, a fazer pelos outros e assim por diante. A lista é grande. Enfim, aprendemos, através dos reforços educacionais, a conviver na sociedade da forma como os outros querem e, portanto, deixamos de ser autênticos, deixamos de ser nós mesmos. Deixamos de prestar atenção em nosso coração. Na grande maioria das vezes, não sabemos do que realmente gostamos, o que verdadeiramente gostaríamos de fazer e a consequência é confusão mental e emocional. No decorrer da vida, vamos desenvolvendo e acumulando neuroses, medos, raiva, angústia, ansiedade, tristeza, frustrações e um vazio enorme em nosso peito. Então, o que fazer?
Bem, o primeiro ponto é perceber e aceitar que vivemos numa sociedade, que nos manipula fazer o que os outros querem e nos condiciona ao esquecimento de nós mesmos. Não temos tempo para pensar. Trabalhamos muito, corremos muito e cansamos muito. Essa receita tem funcionado perfeitamente para a perda de si mesmo. Estamos muito cansados, exauridos criando expectativas, com muita ansiedade e atendendo a padrões absurdos de beleza, moda e exigências das mais variadas. Não sobra tempo para refletir sobre a vida que estamos levando. Esse é o jogo do ego, da sociedade, do externo. Está cansado? Quer sair do jogo do ego, das ilusões, do foco na materialidade? Então comece a ter um contato íntimo com seu verdadeiro EU, sua essência, sua alma. Para mudar as regras desse jogo, precisamos começar a mudar nós mesmos. Voltar o olhar para dentro de si e começar a construir uma base interna amorosa, com mais carinho e tolerância para conosco. De verdade, aprender a nos amar e a nos aceitar como somos.
Para se amar, é necessário se autoconhecer. Ninguém ama alguém que não conhece. Comprometa-se a se conhecer. O autoconhecimento advém da prática de auto-observação, vigiando os pensamentos, tendo disciplina e autorrespeito.
Então, como se amar para alcançar a maestria pessoal? Primeiro, entregue-se ao amor por si mesmo. Ninguém pode dar amor ao outro, se não tem amor dentro de si. É como se alguém pedisse duas maçãs e você não tivesse nenhuma para dar. Comece a ser amor, a vivenciar sua essência, a viver a vida sob a perspectiva de alma. Coloque amor em tudo que fizer, pensar, falar e sentir, dessa forma sua vida fluirá. Imponha limites saudáveis para você e para os outros. Não agrade ninguém. Seja você mesmo, com amorosidade, mas honesto consigo mesmo. Quanto mais você se autoconhece, mais feliz se torna porque tem a oportunidade de fazer escolhas conscientes, e ser mais pleno.
O amor afasta intrigas, receios, ressentimentos, mágoas, porque aceita o fluxo natural da vida e perdoa a tudo e a todos.
Reflita, qual o verdadeiro sentido da vida? Estamos aqui para aprender a amar e ser amados. Portanto, ame-se, para ser amado. Preserve-se. Cuide muito bem de você. Isso é amor e não egoísmo como fomos condicionados a acreditar. Ame-se em todos os aspectos. Treine o autoamor. Com amor, podemos tudo! Tenha muito amor por você, para amar a Deus, a natureza, os animais e as pessoas.
Anete L. Blefari
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