28 jul Libere-se do padrão de vitimização
A vitimização é um padrão comportamental aprendido na infância, com nossos modelos adultos, portanto, ele pode ser desprogramado, desaprendido. São atitudes e comportamentos inconscientes que nos levam a culpar os outros, por nossos problemas, e a ver as circunstâncias e acontecimentos como injustos.
Em uma primeira etapa, você deve se conscientizar de que se comporta como vítima e não assume a responsabilidade por seus atos. Uma boa dica é: se você costuma rotular alguém como vítima, com certeza, você tem, em nível inconsciente, esse padrão.
Quais os sinais de uma mentalidade de vítima?
Não assume responsabilidade por seus atos e culpa outros. Se vitimiza e não assume o próprio poder.
Se acha no direito de reclamar para ganhar atenção. Reclamar pode trazer alívio imediato, mas faz com que seu cérebro se programe para ver somente o lado negativo de tudo e isso piora seu futuro.
Provoca pena nos outros para ganhar atenção. Dessa forma, as pessoas evitam criticá-la ou incomodá-la.
Sente-se inadequada, se vê de forma negativa. Não aceita elogios dificultando relações saudáveis. Os outros sentem a necessidade de ajudá-la fazendo o que pede.
Percebe a vida de forma negativa, acha que tudo de ruim acontece para ela. Sente-se incapaz de realizar melhorias em sua vida.
É prisioneira do passado, se arrepende de decisões passadas e fica remoendo-as.
Cria muito drama em sua vida para evitar o tédio.
Reprime a raiva ficando muito triste e aborrecida.
Manipula os outros para sentirem dó dela, preenchendo, assim, suas necessidades. Busca, nos outros, atenção, valorização e poder.
Sacrifica suas necessidades para cuidar de uma pessoa alcoólatra ou doente, expressando-se como “a coitadinha”, para poder controlá-la.
Na posição de agressora, justifica seu comportamento sociopata chamando a outra pessoa de chata e estúpida.
Como se cria esse padrão de vítima?
Em relações codependentes, onde a pessoa se sente responsável pelo bem-estar e felicidade de alguém.
Quando se aprende que a única forma de receber atenção e cuidados é ficando doente e se mostrando fraca, ou deixando coisas ruins acontecerem com ela.
Quando sofre abusos na infância, tanto físicos quanto sexuais. A criança se sente desamparada e se transforma em um adulto com baixa autoestima, com medo de possíveis agressões dos outros e com medo do mundo.
Como liberar-se desse padrão de vitimização?
Primeiro, se autoperceba praticando esse padrão de vitimização e vá corrigindo pensamentos, enfrentando a raiva, a tristeza, a vergonha e o medo.
Assuma responsabilidade por seus atos. Não culpe os outros por tudo que acontece com você. Aja para resolver os problemas. Acredite, você é responsável por suas escolhas, tanto negativas quanto as positivas.
Perdoe e se autoperdoe. Libere-se do ciclo vicioso da raiva, de ressentimentos e mágoas. Perdoar significa liberar-se da dor e seguir adiante. Retire aprendizados de cada experiência.
Pratique a gratidão. Esforce-se em focar no correto. Olhe o lado positivo das coisas.
Libere-se do medo assumindo mais riscos, sem medo das consequências. Supere a tendência de não correr riscos. Faça um planejamento, com metas mensuráveis, e assuma os riscos decorrentes.
Aprenda com os feedbacks negativos. Aceite críticas e rejeições. Avalie-os e considere os pontos que sejam úteis para você, como melhoria.
Desenvolva autoeficácia – comece com objetivos menores e vá conquistando autoconfiança para concentrar-se em objetivos maiores.
Lembre-se: o poder está dentro de você e para assumi-lo você necessita sair da mentalidade da vítima. Busque ajuda de um bom profissional e liberte-se desse padrão de vitimização. Assuma sua vida. Boa jornada!
Anete L. Blefari
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