Supere sentimentos limitantes: feridas emocionais

Todos temos sentimentos limitantes gerados na infância, na relação com os pais. Crenças, medos e emoções são a causa da maioria de nossos problemas. No decorrer da vida, criamos as máscaras com a finalidade de nos proteger. Esses mecanismos de defesa não nos permite ser quem realmente somos.

Lise Bourbeau1 identificou cinco feridas emocionais, que podem se refletir em nossa personalidade e no formato de nosso corpo. São elas: rejeição, abandono, humilhação, traição e injustiça. Como não sabemos lidar com elas, criamos as máscaras para escondê-las e acreditamos que, assim, elas não existem. Quando identificamos nossas feridas, podemos reconhecer a causa que nos leva a ter as mesmas dificuldades e, assim, buscar a cura. Essas cinco feridas nos trazem problemas de ordem física, emocional e mental. Em diversas situações nos sentimos rejeitados, abandonados, traídos, humilhados ou injustiçados. Sempre que nos sentimos feridos julgamos e culpamos alguém. Em algumas ocasiões, culpamos a nós mesmos, e isso é tão injusto quanto culpar o outro.

Características das feridas emocionais:

– Rejeição: manifesta-se desde a concepção até 1 ano de vida, com o genitor do mesmo sexo. Utiliza-se da máscara do escapista. Tem um corpo contraído, estreito, esguio ou fragmentado. Os olhos são pequenos, com medo e por vezes com olheiras. Possui como caráter o desprendimento material. É perfeccionista e intelectual. Passa da polaridade do amor para a do ódio profundo. Tem dificuldades sexuais, julga-se sem valor e procura a solidão. Seu maior medo é o pânico.

– Abandono: manifesta-se entre 1 a 3 anos de idade e é ativada com o genitor do sexo oposto. Sente falta de alimento afetivo ou do tipo de alimento desejado. Usa a máscara do dependente. Tem um corpo comprido, magro, sem tônus, pernas fracas, dorso curvado, braços parecendo compridos demais e partes flácidas. Os olhos são grandes, tristes e olhar repuxado. Como caráter se faz de vítima e exclusivista. Sente necessidade de presença, atenção, de apoio e de amparo. Tem dificuldade de fazer ou decidir-se por algo sozinho. Seu maior medo é a solidão.

– Humilhação: desperta entre 1 e 3 anos de idade, com o genitor responsável pelo desenvolvimento físico, em geral a mãe. Sente falta de liberdade e sente-se humilhado pelo controle do genitor. Utiliza-se da máscara do masoquista. Seu corpo é gordo, arredondado, estatura baixa, pescoço largo e inchado, tensões no pescoço, na garganta, nos maxilares e na pélvis. Seu rosto é redondo e franco. Tem olhos grandes, arregalados, abertos e inocentes. Como caráter, sente vergonha de si mesmo e dos outros ou medo de causar vergonha. Não gosta de ir depressa. Conhece suas necessidades, mas não as escuta. Controla-se para evitar a vergonha, carrega muito peso nas costas, é dependente e julga-se sujo. Seu maior medo é a liberdade.

– Traição: desperta entre os 2 e os 4 anos com o genitor do sexo oposto. Sente quebra de confiança ou expectativas não correspondidas no amor/sexualidade. Usa a máscara do controlador/manipulador. Seu corpo exibe força e poder; peito estufado e barriga proeminente. Tem um olhar intenso e sedutor. Como caráter, julga-se responsável e forte. Procura ser especial e importante. Mente com facilidade, manipulador, sedutor e tem muitas expectativas. Seu maior medo é a dissociação, a separação e a renegação.

– Injustiça: manifesta-se entre os 4 e os 6 anos, com o genitor do mesmo sexo. Busca ser eficaz e perfeito, tem bloqueio da individualidade. Usa a máscara do rígido. Corpo aprumado, rígido e o mais perfeito possível. Olhar brilhante e inquieto. Como caráter é perfeccionista, invejoso, isola-se do sentimento, cruza muito os braços e é otimista em excesso. Justifica-se o tempo todo e tem dificuldade para pedir ajuda. Seu maior medo é a frieza.

A cura é um processo

Primeira etapa:  torne-se consciente da máscara que usa.

Segunda etapa: supere a resistência e a revolta. Assuma sua responsabilidade e pare de acusar os outros. Aceite e abra-se para o que se passa em seu interior. Nenhuma transformação é possível sem aceitação.

Terceira etapa: você tem o direito de se ressentir dos pais. Sinta o sofrimento de sua criança. Tenha compaixão por ela para poder superar esta etapa. Liberte-se de seus pais ao sentir compaixão pelo sofrimento deles.

Quarta etapa: é a cura. Você volta a ser você mesmo, sem a necessidade de usar máscaras para se proteger. Aceita suas experiências, tira os aprendizados e desenvolve o amor próprio. O amor tem o poder de cura e a reposição de energia, que lhe trará diversas transformações e melhorias em sua vida. Dê-se ao direito de ser você mesmo e de gostar de priorizar você, ainda que possa magoar os outros. Cuide muito bem de você. Ame-se. Perdoe-se e perdoe aos outros. Liberte-se de sentimentos limitantes e viva a verdadeira experiência de ser você mesmo.

“O amor verdadeiro é a experiência de ser você mesmo.”

1Referência: As Cinco Feridas Emocionais – Lise Bourbeau

 

Anete L. Blefari
[email protected]
www.sermelhorepleno.com.br



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