Ser bonzinho não ajuda ninguém

O que é ser bonzinho e o que é ser bom?

O bonzinho é aquele que quer agradar a todos, acaba se sobrecarregando e não conseguindo fazer suas próprias coisas. Gosta do papel de ajudar todo mundo e na hora em que precisa de ajuda não recebe reciprocidade e, com isso, vai acumulando frustrações, raiva e mágoas.

O papel do bonzinho é um padrão de comportamento ativado na infância, por uma dinâmica familiar disfuncional. A criança aprende a ser boazinha, reprimindo seus sentimentos, por medo da rejeição e do abandono. Esse padrão vai se repetindo e se torna automático. Dessa forma, a pessoa passa a vida sendo a boazinha. Todos a procuram e a sobrecarregam de tarefas que não lhe pertencem, porque ela não sabe dizer não e não sabe colocar limites.

A título de esclarecimento, o bonzinho, de ambos os sexos, não é, necessariamente, uma pessoa bondosa como todos acreditam e até ela própria. Bondade não tem nada a ver com ser bonzinho.

Ser bom é uma virtude que determinadas pessoas já conquistaram e praticam o bem, naturalmente, sem qualquer dificuldade. Quando a pessoa é boa, coloca limites saudáveis, não faz pelo outro aquilo que ele pode fazer por si mesmo; não agrada, mas coloca sua posição de forma assertiva e respeitosa. Não dá tudo que os outros pedem, nem mesmo para os filhos, pois tem o bom senso.

O bonzinho pensa que é bom, mas não é. Ele mostra uma face externa que não corresponde àquilo que realmente pensa, sente e gostaria de expressar. Pensa que está ajudando ao agradar a todos, mas, na verdade, está interferindo negativamente no crescimento dos outros. Ao fazer tudo que os outros lhe pedem, deixa de expressar seus verdadeiros sentimentos, para reforçar seu papel de bonzinho e ganhar elogios. Esse é o ganho psicológico que recebe, a um custo muito grande: sua própria energia e tempo dissipados.

Muitos pais acreditam que dando tudo que o filho pede, ou fazendo tudo por ele, estão amando-o, mas, na realidade, essa atitude não é de amor. Esse filho não vai aprender a ter limites saudáveis. Não aprende a distinguir o que pode do que não pode e não realiza tarefas de que já é capaz. Infelizmente, cresce com muitas dificuldades psicológicas e emocionais que vão influenciar negativamente no desenvolvimento saudável de sua vida.

Há filhos que se tornam o bonzinho da família. Fazem tudo por todos. Acham que por ganharem mais devem suportar toda a família nas costas. Vivem atendendo a pedidos de todos e, muitas vezes, mesmo sem ser solicitados já estão presenteando, doando e fazendo tarefas. Com essa atitude são muito elogiados, mas em seu mundo interno estão desgostosos com essa dinâmica. Chega um momento em que adoecem. Não aguentam mais e devem buscar ajuda para poderem se reestruturarem para uma vida mais saudável.

Sugestões:

  • Aprenda a dizer não quando for necessário.
  • Aprenda estratégias para adiar a aceitação de convites e tarefas que lhe passam.
  • Reflita antes de dizer sim para os outros.
  • Coloque limites saudáveis, preservando seu tempo e energia.
  • Aprenda habilidades de comunicação eficaz e assertiva.
  • Coloque-se sempre em primeiro lugar.
  • Primeiro, as prioridades de sua vida.

Ajudar os outros é nobre e recompensador, mas fazer pelos outros aquilo que lhes cabe só causa mal, para ambos. Com essa atitude, você não permite que o outro cresça, com os desafios naturais da vida. Liberte-se desse padrão disfuncional e viva mais feliz. Cuide bem de você.

Anete L. Blefari
anete@sermelhorepleno.com.br
www.sermelhorepleno.com.br



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